CANTINHO DA TIA NEL

CANTINHO DA TIA NEL

VOCÊ VEIO...

terça-feira, 13 de julho de 2010

FÁBULAS

A Galinha e os Ovos de Ouro

Um camponês e sua esposa possuiam uma galinha, que todo dia sem falta, botava um ovo de ouro. Supondo que dentro dela deveria haver uma grande quantidade de ouro, eles então a sacrificam, para enfim pegar tudo de uma só vez. Então, para surpresa dos dois, viram que a ave, em nada era diferente das outras galinhas. Assim, o casal de tolos, desejando enriquecer de uma só vez, acabam por perder o ganho diário que já tinham assegurado.
Autor: Esopo
Moral da História: Quem tudo quer, tudo perde.


Fábulas Ilustradas: A Galinha e os Ovos de Ouro - © Copyright 1998-2009

Questões Sobre a Fábula
1. Que tipo de benefício proporcionava a Galinha todos os dias para seus donos?

2. Por que os camponeses resolveram sacrificar a Galinha? Eles lucraram com isso?

3. Você é capaz de dizer qual o sentimento que motivou os camponeses a sacrificarem o animal?

4. Você seria capaz de descrever, com suas palavras, o significado da Moral da Fábula?


A Águia e a Gralha

Uma Águia, saindo do seu ninho no alto de um penhasco, capturou uma ovelha e a levou presa às suas fortes garras. Uma Gralha, que testemunhara a tudo, tomada de inveja, decidiu que poderia fazer a mesma coisa. xxxxxxxxEla então voou para alto e tomou impulso, e com grande velocidade, atirou-se sobre uma ovelha, com a intenção de também carregá-la presa às suas garras. xxxxxxxxOcorre que estas acabaram por ficar embaraçadas no espesso manto de lã da Ovelha, e isso a impediu inclusive de soltar-se, embora o tentasse com todas as suas forças. xxxxxxxxO Pastor das ovelhas, vendo o que estava acontecendo, capturou-a. Feito isso, cortou suas penas, de modo que não pudesse mais voar. À noite a levou para casa, e entregou como brinquedo para seus filhos. xxxxxxxx“Que pássaro engraçado é esse?”, perguntou um deles. xxxxxxxx“Ele é uma Gralha meus filhos. Mas se você lhe perguntar, ele dirá que é uma Águia.”
Autor: Esopo
Moral da História: Não devemos permitir que a ambição nos conduza para além dos nossos limites.

Questões Sobre a Fábula
1. Que tipo de sentimento humano quis o autor representar na fábula?

2. A Gralha foi bem sucedida ao tentar imitar a Águia? Na sua opinião, Por quê?

3. Você seria capaz de descrever, com suas palavras, o significado da Moral da Fábula?


O Mosquito e o Touro

Um Mosquito que estava voando, a zunir em volta da cabeça de um Touro, depois de um longo tempo, pousou em seu chifre, e pedindo perdão pelo incômodo que supostamente lhe causava, disse: “Mas, se, no entanto, meu peso incomoda o senhor, por favor é só dizer, e eu irei imediatamente embora!” xxxxxxxxAo que lhe respondeu o Touro: “Oh, nenhum incômodo há para mim! Tanto faz você ir ou ficar, e, para falar a verdade, nem sabia que você estava em meu chifre.” xxxxxxxxCom frequência, diante de nossos olhos, julgamos-nos o centro das atenções e deveras importantes, bem mais do que realmente somos diante dos olhos do outros.
Autor: Esopo
Moral da História: Quanto menor a mente, maior a presunção.

Questões Sobre a Fábula xxxx
1. Ao pousar sobre o chifre do Touro, por que o Mosquito julgou que o estivesse incomodando? xxxx

2. Sentiu-se o Touro incomodado com a presença do mesmo? xxxx

3. Queria o Autor representar para nós, através da fábula, algum sentimento próprio da natureza humana? Supondo que essa fosse sua intenção, na sua opinião, qual seria este sentimento? xxxx

4. Você seria capaz de descrever, com suas palavras, o significado da Moral da Fábula?


Os Viajantes e a Bolsa de Moedas
Dois homens viajavam juntos ao longo de uma estrada, quando um deles encontrou uma bolsa cheia de alguma coisa. E ele disse: “Veja que sorte a minha, encontrei uma bolsa, e a julgar pelo peso, deve estar cheia de moedas de ouro.” xxxxxxxxE lhe diz o companheiro: “Não diga encontrei uma bolsa; mas, nós encontramos uma bolsa, e quanta sorte temos. Amigos de viagem devem compartilhar as tristezas e alegrias da estrada.” xxxxxxxxO “sortudo”, claro, se nega a dividir o achado. Então escutam gritos de: “Pega ladrão!”, vindo de um grupo de homens armados com porretes, que se dirigem, estrada abaixo, na direção deles. O viajante “sortudo”, logo entra em pânico, e diz. “Estamos perdidos se encontrarem essa bolsa conosco.” xxxxxxxxReplica o outro: “Você não disse ‘nós’ antes. Assim, agora fique com o que é seu e diga, ‘Eu estou perdido’.”
Autor: Esopo
xxxxxxxxMoral da História: Não devemos exigir que alguém compartilhe conosco as desventuras, quando não lhes compartilhamos também as nossas alegrias.

Questões Sobre a Fábula xxxx
1. Ao encontrarem a bolsa com moedas à beira da estrada, os dois viajantes, entre si, resolveram compartilhar do achado? xxxx

2. Na sua opinião, os dois viajantes eram amigos? xxxx

3. O autor tenta simbolizar para nós algum sentimento humano a partir da parábola? Você saberia identificar qual seria, caso houvesse, esse sentimento? xxxx

4. Você seria capaz de descrever, com suas palavras, o significado da Moral da Fábula?



A Formiga e a Pomba

Uma Formiga foi à margem do rio para beber água, e sendo arrastada pela forte correnteza, estava prestes a se afogar. Uma Pomba, que estava numa árvore sobre a água observando a tudo, arranca uma folha e a deixa cair na correnteza perto da mesma. Subindo na folha a Formiga flutua em segurança até a margem. Eis que pouco tempo depois, um caçador de pássaros, oculto pelas folhas da árvore, se prepara para capturar a Pomba, colocando visgo no galho onde ela repousa, sem que a mesma perceba o perigo. A Formiga, percebendo sua intenção, dá-lhe uma ferroada no pé. Do susto, ele deixa cair sua armadilha de visgo, e isso dá chance para que a Pomba desperte e voe para longe, a salvo.
Autor: Esopo
Moral da História: Nenhum ato de boa vontade ou gentileza é coisa em vão.

Questões Sobre a Fábula
1. Você é capaz de identificar quais os tipos de sentimentos que o autor tenta representar na fábula?

2. Por que a Pomba resolveu ajudar a Formiga? Como foi que ela ajudou?

3. O que a Formiga fez para retribuir o favor recebido? O que aconteceu depois?

4. Você seria capaz de descrever, com suas palavras, o significado da Moral da Fábula?

A Lebre e a Tartaruga

Um dia, uma Lebre ridicularizou as pernas curtas e a lentidão da Tartaruga. A Tartaruga sorriu e disse: "Pensa você ser rápida como o vento; Mas Eu a venceria numa corrida." xxxxA Lebre claro, considerou sua afirmação algo impossível, e aceitou o desafio. Convidaram então a Raposa, para servir de juiz, escolher o trajeto e o ponto de chegada. xxxxE no dia marcado, do ponto inicial, partiram juntos. A Tartaruga, com seu passo lento, mas firme, determinada, em momento algum, parou de caminhar. xxxxMas a Lebre, confiante de sua velocidade, despreocupada com a corrida, deitou à margem da estrada para um rápido cochilo. Ao despertar, embora corresse o mais rápido que pudesse, não mais conseguiu alcançar a Tartaruga, que já cruzara a linha de chegada, e agora descansava tranqüila num canto.

Moral da História: Ao trabalhador que realiza seu trabalho com zelo e persistência, sempre o êxito o espera.

Questões Sobre a Fábula
1. Na sua opinião, Por que a lebre aceitou o desafio da Tartaruga?
]
2. O que aconteceu depois que os dois competidores partiram do ponto inicial?

3. Você consegue relatar alguma situação da vida real que se assemelhe ao exemplo da fábula?

4. Você seria capaz de descrever, com suas p

PEQUENOS TEXTOS

CACHORROS

Os zoólogos acreditam que o cachorro se originou de uma
espécie de lobo que vivia na Ásia. Depois os cães se juntaram
aos seres humanos e se espalharam por quase todo o mundo.
Essa amizade começou há uns 12 mil anos, no tempo em que as pessoas
precisavam caçar para se alimentar. Os cachorros perceberam que, se não
atacassem os humanos, podiam ficar perto deles e comer a comida que sobrava.
Já os homens descobriram que os cachorros podiam ajudar a caçar, a cuidar de
rebanhos e a tomar conta da casa, além de serem ótimos companheiros. Um
colaborava com o outro e a parceria deu certo.
www.recreionline.com.br

O assunto tratado nesse texto é a
A) relação entre homens e cães.
B) profissão de zoólogo.
C) amizade entre os animais.
D) alimentação dos cães.


Caipora

É um Mito do Brasil que os índios já conheciam desde a época do descobrimento.
Índios e Jesuítas o chamavam de Caiçara, o protetor da caça e das matas.
Seus pés voltados para trás servem para despistar os caçadores, deixando-os
sempre a seguir rastros falsos. Quem o vê, perde totalmente o rumo, e não sabe
mais achar o caminho de volta. É impossível capturá-lo. Para atrair suas vítimas,
ele, às vezes, chama as pessoas com gritos que imitam a voz humana. É também
chamado de Pai ou Mãe-do-Mato, Curupira e Caapora. Para os Índios Guaranis, ele
é o Demônio da Floresta. Às vezes é visto montando um porco do mato.

De acordo com esse texto, os pés voltados para trás da Caipora servem para
A) atrair suas vítimas.
B) despistar caçadores.
C) montar um porco do mato.
D) proteger as matas.


O Feitiço do sapo
Eva Furnari

Todo lugar sempre tem um doido. Piririca da Serra tem Zóio. Ele é um sujeito
cheio de idéias, fi ca horas falando e anda pra cima e pra baixo, numa bicicleta pra
lá de doida, que só falta voar. O povo da cidade conta mais de mil casos de Zóio,
e acha que tudo acontece, coitado, por causa da sua sincera mania de fazer “boas
ações”. Outro dia, Zóio estava passando em frente à casa de Carmela, quando
a ouviu cantar uma bela e triste canção. Zóio parou e pensou: que pena, uma
moça tão bonita, de voz tão doce, fi car assim triste e sem apetite de tanto esperar
um príncipe encantado. Isto não era justo. Achou que poderia ajudar Carmela a
realizar seu sonho e tinha certeza de que justamente ele era a pessoa certa para
isso. Zóio se pôs a imaginar como iria achar um príncipe para Carmela. Pensou
muito para encontrar uma solução e fi nalmente teve uma grande idéia de jerico:
foi até a beira do rio, pegou um sapo verde e colocou-o numa caixa bem na porta
da casa dela.

FURNARI, Eva. O feitiço do sapo. São Paulo: Editora Ática, 2006.

A intenção de Zóio ao colocar um sapo na porta da casa de Carmela foi
A) ajudá-la a encontrar um príncipe encantado.
B) ajudá-la a cantar com voz mais doce ainda.
C) encontrar alguém para cuidar do sapo que vivia no rio.
D) fazer uma surpresa, dando-lhe um sapo de presente.


O menor jornal

A jornalista Dolores Nunes é a responsável pelo menor
jornal do mundo. No dia 23, o micro jornal Vossa Senhoria,
da cidade de Divinópolis (MG), recebeu o certifi cado do
livro dos recordes, atestando que o seu jornal, com apenas
3,5 centímetros de altura e 2,5 centímetros de largura, é o
menor jornal do mundo. O jornal tem 16 páginas mensais,
tiragem de 5 mil exemplares e aborda diversos assuntos da
atualidade.

O que signifi ca atestando?
A) Afi rmando por escrito.
B) Dando uma notícia.
C) Fazendo um teste.
D) Lendo com atenção.


PRINCESA NENÚFAR ELFO-ELFA

Nasceu já bem pálida, de olhos claros e cabelos
loiros, quase brancos. Foi se tornando invisível já
na infância e viveu o resto da vida num castelo malassombrado,
com fantasmas amigos da família. Dizem
que é muito bonita, mas é bem difícil de se saber se é
verdade.
SOUZA, Flávio de. Príncipes e princesas, sapos e lagartos. Histórias modernas de tempos antigos. Editora
FTD, p. 16. Fragmento.

A opinião das pessoas sobre a princesa é de que ela
A) é muito bonita.
B) é pálida, de olhos claros.
C) tem cabelos quase brancos.
D) vive num castelo.



FRANGO COM QUIABO

Ingredientes:
500g de frango cortado
Suco cuado de 3 limões
3 dentes de alho amassados
Sal e pimenta a gosto
500g de quiabo
1 cebola grande cortada em cubos
3 tomates sem sementes, cortados em cubos
Salsinha a gosto.
Modo de preparo
Tempere o frango com a metade do suco de limão, os dentes de alho, sal e pimenta
e deixe nesse tempero por uma hora.
Lave bem os quiabos, corte as pontas, coloque-os em um recipiente e regue com a
outra metade do suco de limão.
Em uma panela, aqueça o azeite e doure os pedaços de frango. Acrescente a
cebola e os tomates e refogue em fogo baixo, mexendo sempre. Junte os quiabos
escorridos. Deixe cozinhar até que os quiabos estejam macios. Adicione a salsinha.
Sirva assim qe retirar do fogo.

Este texto é
A) uma receita culinária.
B) a história de um frango.
C) uma instrução de jogo.
D) uma bula de remédio.

.


A BONECA

Olavo Bilac
Deixando a bola e a peteca
Com que inda há pouco brincavam,
Por causa de uma boneca,
Duas meninas brigavam.
Dizia a primeira: “É minha!”
“É minha!” a outra gritava;
E nenhuma se continha,
Nem a boneca largava.
Quem mais sofria (coitada!)
Era a boneca. Já tinha
Toda a roupa estraçalhada,
E amarrotada a carinha.
Tanto puxaram por ela,
Que a pobre rasgou-se ao meio,
Perdendo a estopa amarela
Que lhe formava o recheio.
E, ao fi m de tanta fadiga,
Voltando à bola e à peteca,
Ambas, por causa da briga,
Ficaram sem a boneca...
Olavo Bilac, Poesias infantis. Rio de Janeiro:

No trecho “Que a pobre rasgou-se ao meio”, a expressão sublinhada refere- se a
A) estopa.
B) peteca.
C) roupa.
D) boneca.



O HOMEM DO OLHO TORTO


No sertão nordestino, vivia um velho chamado Alexandre. Meio caçador,
meio vaqueiro, era cheio de conversas – falava cuspindo, espumando como
um sapo-cururu. O que mais chamava a atenção era o seu olho torto, que
ganhou quando foi caçar a égua pampa, a pedido do pai. Alexandre rodou
o sertão, mas não achou a tal égua. Pegou no sono no meio do mato e,
quando acordou, montou num animal que pensou ser a égua. Era uma
onça. No corre-corre, machucou-se com galhos de árvores e fi cou sem um
olho. Alexandre até que tentou colocar seu olho de volta no buraco, mas fez
errado. Ficou com um olho torto.

RAMOS, Graciliano. História de Alexandre. Editora Record.

O que deu origem aos fatos narrados nesse texto?
A) O fato de Alexandre falar muito.
B) O hábito de Alexandre de falar cuspindo.
C) A caçada de Alexandre à égua pampa.
D) A caçada de Alexandre a uma onça.





PARE DE FUMAR
O hábito de fumar pode ser considerado uma toxicomania? Se defi nirmos a
toximania como “uma tendência irresistível de consumir uma substância tóxica”,
o fumante inveterado deve ser classifi cado como um toxicômano.
Foram os espanhóis, no século XVI, que introduziram o tabaco na Europa,
a princípio consumido por soldados e marinheiros, que mascavam a erva e
fumavam em cachimbo. No início do século XX, o hábito de fumar difundiu-se por
todos os países, em todos os níveis sociais, tornando-se autêntica toxicomania,
apesar das advertências dos males que seu uso poderia provocar. É uma droga
que mata.
A diferença entre as toxicomanias clássicas (cocaína, heroína, morfi na,
maconha, anfetaminas, álcool) está no fato de que o tabaco não modifi ca a
personalidade do usuário e, embora possa produzir efeitos estimulantes ou
relaxantes, jamais afeta o equilíbrio mental. O uso continuado causa efeitos
orgânicos irreversíveis, que são letais, e o índice de mortalidade é proporcional
ao número de cigarros consumidos, sobretudo na faixa etária entre os 45 e 50
anos de idade.
A sociedade tem pago um tributo elevadíssimo pelo hábito de fumar: mortes
prematuras, doenças crônicas incapacitantes, diminuição de rendimento no
trabalho.
Nelson Senise, JB, 8/9/92, 1* CADERNO, P. 11

O texto tem como tema
A) as doenças crônicas.
B) as vantagens do fumo.
C) o fumo como toxicomania.
D) a história do fumo.
E) as toxicomanias clássicas. D2. Localizar informações explícitas em um texto

Hierarquia

Diz que um leão enorme ia andando chateado, não muito rei dos animais,
porque tinha acabado de brigar com a mulher e esta lhe dissera poucas e boas.
Ainda com as palavras da mulher o aborrecendo, o leão subitamente se defrontou
com um pequeno rato, o ratinho menor que ele já tinha visto. Pisou-lhe a cauda
e, enquanto o rato forçava inutilmente para fugir, o leão gritou: “Miserável criatura,
estúpida, ínfi ma, vil, torpe: não conheço na criação nada mais insignifi cante
e nojenta. Vou te deixar com vida apenas para que você possa sofrer toda a
humilhação do que lhe disse, você, desgraçado, inferior, mesquinho, rato!” E
soltou-o. O rato correu o mais que pôde, mas, quando já estava a salvo, gritou
pro leão: “Será que Vossa Excelência poderia escrever isso pra mim? Vou me
encontrar agora mesmo com uma lesma que eu conheço e quero repetir isso pra
ela com as mesmas palavras!”

MORAL: Afi nal, ninguém é tão inferior assim.
Millôr Fernandes. Fábulas fabulosas. Rio de Janeiro: Nórdica, 1985.

Ao encontrar um ratinho, o leão aproveitou a oportunidade para
A) amedrontar o pobre rato.
B) descarregar a sua raiva.
C) mostrar sua autoridade.
D) usar um vocabulário difícil.
E) vingar-se de sua mulher.



O Feitiço do sapo
Eva Furnari

Todo lugar sempre tem um doido. Piririca da Serra tem Zóio. Ele é um sujeito
cheio de idéias, fi ca horas falando e anda pra cima e pra baixo, numa bicicleta pra
lá de doida, que só falta voar. O povo da cidade conta mais de mil casos de Zóio,
e acha que tudo acontece, coitado, por causa da sua sincera mania de fazer “boas
ações”. Outro dia, Zóio estava passando em frente à casa de Carmela, quando a
ouviu cantar uma bela e triste canção. Zóio parou e pensou: que pena, uma moça
tão bonita, de voz tão doce, fi car assim triste e sem apetite de tanto esperar um
príncipe encantado. Isto não era justo. Achou que poderia ajudar Carmela a realizar
seu sonho e tinha certeza de que justamente ele era a pessoa certa para isso. Zóio
se pôs a imaginar como iria achar um príncipe para Carmela. Pensou muito para
encontrar uma solução e fi nalmente teve uma grande idéia de jerico: foi até a beira
do rio, pegou um sapo verde e colocou-o numa caixa bem na porta da casa dela.

A intenção de Zóio ao colocar um sapo na porta da casa de Carmela foi
A) ajudá-la a encontrar um príncipe encantado.
B) ajudá-la a cantar com voz mais doce ainda.
C) encontrar alguém para cuidar do sapo que vivia no rio.
D) fazer uma surpresa, dando-lhe um sapo de presente.

.
Leia o texto abaixo.

Morte e vida severina
(Fragmento)
– O meu nome é Severino,
como não tenho outro de pia.
Como há muitos Severinos,
que é santo de romaria,
deram então de me chamar
Severino de Maria;
como há muitos Severinos
com mães chamadas Maria,
fi quei sendo o da Maria
do fi nado Zacarias.
Mas isso ainda diz pouco:
há muitos na freguesia,
por causa de um coronel
que se chamou Zacarias
e que foi o mais antigo
senhor desta sesmaria.
Como então dizer quem fala
ora a Vossas Senhorias?
Vejamos: é o Severino
da Maria do Zacarias,
lá da serra da Costela,
limites da Paraíba.

MELO NETO, João Cabral de. Morte e vida Severina e outros poemas Editora Nova Fronteira,

Com base nesse fragmento do poema, pode-se afi rmar que o narrador
A) fala de sua mãe.
B) explica ao leitor quem é.
C) indica para onde quer ir.
D) fala sobre todos os bens.
E) diz o nome de batismo.


Leitura e interpretação textual

O MACACO DE ÓCULOS

Um macaco, que se achava muito esperto e inteligente, estava ficando velho e já não enxergava muito bem.
Preocupado com isso, resolveu usar sua esperteza e saber o que os homens fazem quando ficam velhos e já não enxergam bem.
Conversando com alguns, descobriu que era preciso usar óculos. Arranjou seis pares de óculos para não correr o risco de um só não dar certo.
Pendurou um no pescoço, outro no rabo, um na cabeça, outro na nuca, um no pé, um outro na mão... mas nada! Continuava sem enxergar. Cheirou, lambeu, mudou as posições e não conseguiu nenhum resultado.
Continuava enxergando mal, o macaco, então pensou que estava sendo enganado pelos homens. Ficou furioso!
Pegou seus pares de óculos, jogou-os no chão e pisou em cima.
Coitado! Continuou sem enxergar!

Responda as questões a seguir:

1- O personagem da história é:
( ) Um macaco que se achava muito esperto ( ) Um macaco amigo dos homens
( ) Um macaco muito jovem

2- 2- O macaco não enxergava bem porque
( ) Estava doente ( ) Estava ficando velho ( ) Estava com os olhos machucados

3- Para descobrir como enxergar melhor, o macaco foi conversar com:
( ) Alguns homens ( ) Alguns animais ( ) Alguns macacos
4-
4- Em quais lugares do corpo, o macaco pendurou os óculos? ______________________,
___________, ______________, ______________, _____________, _________________

5-Numere as ações do macaco de acordo com a ordem em que aparecem no texto.
( ) Lambeu os óculos ( ) Jogou os óculos no chão
( ) Cheirou os óculos ( ) Mudou os óculos de posição

6- O macaco pensou que estava sendo enganado pelos homens.
Ser enganado é o mesmo eu:
( ) Ser amado ( ) Ser traído ( ) Ser ajudado

7- “Só podia ser engraçado, macaco botar óculos no rabo”
Na frase acima, a palavra botar significa:
( ) Calçar ( ) Vestir ( ) Colocar

8- O macaco enxergava muito mal. O contrário da palavra sublinhada é ________________

9- De acordo com o texto, o macaco era:
( ) Doce ( ) Esperto ( ) Velho

10- Copie a frase abaixo, passando a para o plural.
O homem bondoso ajudou o macaco.
_____________________________________________________________________________

11- Usando uma das palavras dos parênteses, complete a frase corretamente.
O macaco ___________ peludo. ( é – são )
Nós ___________ muito de animais. ( gosta – gostamos )
Os macacos __________ enxergando mal. ( está – estão )

12- Faça uma ilustração relacionada com o texto.


O galo que logrou a raposa

Um velho galo matreiro, percebendo a aproximação da raposa, empoleirou-se numa árvore. A raposa, desapontada, murmurou consigo: “...Deixa estar, seu malandro, que já te curo!...” E em voz alta:
-Amigo, venho contar uma grande novidade: acabou-se a guerra entre os animais. Lobo e cordeiro, gavião e pinto, onça e veado, raposa e galinha, todos os bichos andam agora aos beijos, como namorados. Desça desses poleiros e venha receber o meu abraço de paz e amor.
-Muito bem! –exclamou o galo. Não imagina como tal notícia me alegra! Que beleza vai ficar o mundo, limpo de guerras, crueldades e traições! Vou já descer para abraçar a amiga raposa, mas... como lá vem vindo três cachorros, acho bom esperá-los, para que eles também tomem parte da confraternização.
Ao ouvir falar em cachorros, dona raposa não quis saber de histórias, e tratou de pôr-se a fresco, dizendo:
- Infelizmente, amigos Có-ri-có-có, tenho pressa e não posso esperar pelos amigos cães. Fica para outra vez a festa, sim? Até logo.
E rapou-se.
Com esperteza, - esperteza e meia.

Interpretação

1-Em “Um velho galo matreiro, percebendo...” – a palavra sublinhada significa:
A( ) notando
B( ) adivinhando
C( ) supondo
D( ) prevenindo

2- Em ...”percebendo a aproximação da raposa...” – apalavra sublinhada pode ser substituída por:
A( ) proposta
B( ) intenção
C( ) voz
D( ) chegada

3- E “empoleirou-se numa arvore” – a palavra sublinhada pode ser substituída por:
A( ) escondeu-se
B( ) subiu
C( ) pulou
D( ) encolheu-se

4- Em “a raposa, desapontada, murmurou consigo” – a palavra sublinhada significa:
A( ) disse em voz baixa
B( ) falou disfarçadamente
C( ) resmungou
D( ) pensou

5- Em “Muito bem! – exclamou o galo.”- a palavra sublinhada significa:
A( )falar em voz alta e com admiração.
B( ) falar em tom de censura.
C( ) falar demonstrando aprovação.
D( ) falar em tom autoritário.

6- Em “Que beleza vai ficar o mundo, limpo de guerras” – a expressão sublinhada equivale a:
A( ) entre as
B( ) apesar das
C( ) longe das
D( ) sem as

7- Em “... e tratou de por a fresco”, a expressão sublinhada quer dizer:
A( ) ir para um lugar que não faça tanto calor.
B( ) sair para o ar livre.
C( ) ir saindo.
D( ) colocar-se a salvo.

8- Em “E raspou-se” significa:
A( ) saiu calmamente.
B( ) saiu precipitadamente.
C( ) escondeu-se.
D( ) feriu-se.

9- Quando o galo se empoleirou na arvore, a raposa ficou:
A( ) zangada.
B( ) decepcionada.
C( ) indiferente.
D( ) contente.

10-A respeito da atitude do galo, a raposa pensou consigo mesma – “Deixe estar, seu malandro, que já te curo!” – Isso significa que ela pensou em:
A( ) aliviar o sofrimento do galo.
B( ) dar uma lição no galo.
C( ) cozinhar o galo.
D( ) fazer amizade com o galo.

11- Ao dizer “Que beleza vai ficar o mundo, limpo de guerras, crueldades e traições!” – o galo se refere às:
A( ) desavenças ocorridas entre os homens.
B( ) brigas entre ele e a raposa.
C( ) crueldade cometida pela raposa em relação a seus amigos.
D( ) desavenças que houve no reino animal.

12- A raposa é tida como um animal muito assustado, esperto. Nessa fabula, a raposa mostrou-se:
A( ) mais esperta do que o galo.
B( ) menos esperta do que o galo.
C( ) tão esperta quanto o galo.
D( ) muito esperta, alem de corajosa e brincalhona.

13- O nome Co-ri-có-có, usado pela raposa em referencia ao galo, relaciona-se:
A( ) ao canto do galo.
B( ) à raça do galo.
C( ) à cor do galo.
D( ) ao físico do galo.



O menino azul

O menino quer um burrinho E os dois sairão pelo mundo
para passear. que é como um jardim
Um burrinho manso, apenas mais largo
que não corra nem pule, e talvez mais comprido
mas que sabe conversar. e que não tenha fim.

O menino quer um burrinho Quem souber de um burrinho desses,
que saiba dizer pode escrever
o nome dos rios, para Rua das Casas,
das montanhas, das flores, número das Portas,
-de tudo o que aparecer. ao Menino Azul que não sabe ler.

O menino quer um burrinho (Cecília Meireles et al. Para gostar de ler: poesias)
que saiba inventar
histórias bonitas
com pessoas e bichos
e com barquinhos no mar.

Interpretação

1- Que tipo de texto é esse?

2- Retire os pares de rimas presentes no texto.

3- Por que você acha que o menino quer justamente um burrinho e não outro animal?

4- Copie do texto os versos que revelam como o menino acha que é o mundo.

5- Essa forma de ver o mundo revela que característica do menino?

6- Observe os versos:
“O menino quer um burrinho
que saiba dizer
o nome dos rios,
das montanhas, das flores,
-de tudo o que aparecer.”

Explique por que o menino quer um burrinho que saiba tantas coisas.





O PULO DO GATO

A raposa andava maluca para pegar o gato. Mas ela sabia como todo mundo sabe, que o gato é o maior mestre pulador e nem adiantava tentar agarrá-lo. Com um salto de banda, o danado sempre se safava. Decidiu então a raposa usar da esperteza. Chegou-se para o gato e propôs a paz: - Chega de correr atrás um do outro, mestre gato. Vamos agora viver em paz! - Não é bem assim, comadre raposa - corrigiu o gato. - Não é um que corre atrás do outro, é uma que corre atrás do outro,é a "uma", que é a senhora, que corre atrás do "outro", que sou eu... - Bom, de qualquer forma, vamos fazer as pazes, amigo gato. Como o senhor é mestre em pulos, proponho que, para celebrar nosso acordo de amizade, o senhor me dê um curso de pulos, para eu ficar tão puladora como o senhor. Pago-lhe cada lição com os mais saborosos filés de rato que o senhor já experimentou! O gato aceitou e começaram as lições no mesmo dia. A raposa era aluna dedicada e o gato ótimo professor. Ensinou o salto de banda, o salto em espiral, a cambalhota simples, a cambalhota-com-pirueta, o duplo-mortal, o triplo-mortal e até o saca-rolha-composta. A raposa todos eles aprendia, praticava depois das aulas e, logo, já estava tão mestre em pulos quanto o gato. Decidiu então que já era chegada a hora de colocar em prática seu plano sinistro. No começo de outra aula, esgueirou-se por trás do gato e deu um bote, caprichando no salto mais certeiro que o mestre lhe tinha ensinado! E o gato? Deu um volteio de banda, rolou no ar, e a raposa passou chispando por ele, indo esborrachar-se num toco de aroeira. Ainda tonta da queda, a raposa voltou-se para o gato e protestou: - Mas mestre gato, esse pulo o senhor não me ensinou!
-Não ensinei, nem ensino! -riu-se o gato. -Esse é o segredo que me salva de malandros como a senhora, comadre raposa. Esse é o pulo do gato!
BANDEIRA,Pedro. Nova Escola,nº48.


Interpretação
1-“com um salto de banda, o danado sempre se safava.”

A palavra abaixo que tem o mesmo significado da expressão sublinhada é:
A( ) exibia B( ) livrava.
C( ) prejudicava. D( ) esborrachava.

2- De acordo com o texto, a raposa fez ao gato a seguinte proposta:
A( ) viver em paz.
B( ) brigar para sempre.
C( ) dividir os filés de rato.
D( ) viver cada um no seu canto.

3- O texto mostra que tanto a raposa, quanto o rato sempre demonstraram ser:
A( ) lentos.
B( ) amigos.
C( ) espertos.
D( ) medrosos.

4- A raposa tornou-se aluna do gato para:
A( ) distrair-se com ele.
B( ) fazer as pazes com ele.
C( ) brincar, pois se sentia sozinho.
D( ) conseguir uma chance de devora-lo.

5- O plano da raposa fracassou porque ela:
A( ) confiou demais em sua esperteza.
B( ) era uma aluna desatenciosa.
C( ) errou os pulos ensinados.
D( ) agiu sem pensar.



MONTEIRO LOBATO

Monteiro Lobato estava sempre criando novas histórias. A turma do Sítio
do Pica-pau Amarelo viveu muitas aventuras com personagens famosos, tais
como: Pequeno Polegar, Branca de Neve, Chapeuzinho Vermelho, Popeye,
Gato Félix, Dom Quixote e muitos outros.
Leia um trecho de uma dessas aventuras em que Pedrinho, Emília e o
Visconde vão pra a Grécia Antiga, viver uma grande aventura com Hércules,
um grande herói grego.
Para isso, utilizam o pó de pirlimpimpim. Troque idéias com seus
colegas sobre o que esse pó faz.
Preparativos
Pedrinho explicou ao Visconde os seus planos de nova viagem pelos
tempos heróicos da Grécia Antiga. “Vamos nós três, eu, você e a Emília.”
(…)
— Que quantidade de pó quer? — indagou o Visconde.
— Um canudo bem cheio.
O pó de pirlimpimpim era conduzido num canudinho de taquara-do-reino,
bem atado à sua cintura. Ele tomava todas as precauções para não perder o
precioso canudo, pois do contrário não poderia voltar nunca mais. Mas como
em aventuras arrojadas a gente tem de contar com tudo, o Visconde sugeriu
uma idéia ditada pela prudência.
— O melhor é levarmos três canudos, um com você, outro comigo e
outro com a Emília. Desse modo ficaremos três vezes mais garantidos.
(…)
No terceiro dia pela manhã já tudo estava pronto para a partida.
Pedrinho deu uma pitada de pó a cada um e contou: Um… dois e … TRÊS! Na
voz de Três, todos levaram ao nariz as pitadinhas e aspiraram-nas a um tempo.
Sobreveio o fiun e pronto.
Instantes depois Pedrinho, o Visconde e Emília acordavam na Grécia
Heróica, nas proximidades da Neméia. Era para onde haviam calculado o pó,
pois a primeira façanha de Hércules ia ser a luta do herói contra o leão da lua
que havia caído lá.
O pó de pirlimpimpim causava uma total perda dos sentidos, e depois do
desmaio vinha uma tontura da qual os viajantes saíam lentamente. Quem
primeiro falou foi Emília:
— Estou começando a ver a Grécia, mas tudo muito atrapalhado
ainda… Parece que descemos num pomar…

LOBATO, M. Os Doze Trabalhos de Hércules. São Paulo: Brasiliense, 19ª edição, 1995.


Responda:
1. Localize no texto:
a) O nome das personagens que aparecem na história.
b) O local onde essas personagens estavam e o local para onde elas foram.
c) Como as personagens conseguiram chegar lá.
d) Quem elas iriam encontrar lá.

2. Quem era o principal responsável pelo pó?

3. O que aconteceria se eles perdessem o pó?

4. O que as personagens fazem para evitar perder o pó?

5. Explique o sentido do trecho:
“Mas como em aventuras arrojadas a gente tem de contar com tudo, o
Visconde sugeriu uma idéia ditada pela prudência.”

6. Quando uma pessoa aspirava o pó, o que sentia?

7. Qual seria a primeira aventura de Hércules que as personagens iriam
presenciar?

8. O que você acha que as personagens sentiram quando viram Hércules
lutando contra o leão?

9. Você acha que Hércules conseguiu derrotar o leão? Por quê?

10. Faça a correspondência entre as personagens e a sua principal
característica:
Pedrinho esperta, atrevida
Visconde corajoso
Emília sábio, prudente

11. Você conhece outra aventura vivida pela turma do sítio com alguma
personagem bem conhecida como Hércules?

12. Observe e marque os verbos dos trechos abaixo:
a) Pedrinho explicou ao Visconde os seus planos de nova viagem pelos tempos
heróicos da Grécia Antiga.
b) “Vamos nós três, eu, você e a Emília”.
c) O pó de pirlimpimpim era conduzido num canudinho de taquara-do-reino (...).
d) No terceiro dia pela manhã já tudo estava pronto para a partida.
e) Pedrinho deu uma pitada de pó a cada um e contou: Um… dois e … TRÊS!
f) Instantes depois Pedrinho, o Visconde e Emília acordavam na Grécia Heróica
(...).
g) O pó de pirlimpimpim causava uma total perda dos sentidos, (...).
h) Quem primeiro falou foi Emília:
i) — Estou começando a ver a Grécia, (...).
j) Parece que descemos num pomar…

quinta-feira, 8 de julho de 2010

Como elaborar um projeto.

Estou sempre pesquisando e buscando informações para facilitar os trabalhos a serem desenvolvidos por outros professores.

Agora é só elaborar o seu. Veja!!!!




Dicas e orientações para transformar boas idéias em boas práticas. E um roteiro detalhado, em oito passos, para seu projeto.


1 Por que elaborar projetos?


O termo projeto carrega o sentido de organizar idéias, pesquisar, analisar a realidade e desenhar uma proposta articulada com intencionalidade.
Os projetos sociais seguem essa lógica. São construções feitas por um grupo de pessoas que deseja transformar boas idéias em boas práticas. Tais projetos podem se transformar em ações exemplares que modificarão a realidade local.
Se, além de se constituírem em ações exemplares, os projetos se integrarem a ações de governo, municipais, estaduais ou da instância federal, poderão se replicar em escala maior, gerando, assim, políticas públicas cujos impactos para a coletividade serão maiores do que os projetos apenas locais.
Nos programas de governo, muitas vezes expostos em períodos de eleição, ouvimos candidatos e governantes dizerem que têm projetos para solucionar o problema do desemprego, da saúde, da educação etc. Em parte, isso é possível. Havendo um bom projeto, com recursos suficientes, bem monitorado e avaliado, vai se chegar aos objetivos preestabelecidos. Mas é preciso que o projeto seja bem elaborado, desde seus passos iniciais.
Nessas situações em que desejamos transformar insatisfação em solução, idéias em ações, boas intenções em propostas efetivas, sem desperdício de tempo e recursos, faz-se necessário elaborar um projeto que descreva o caminho a seguir. Caminho esse que deve ser trilhado com lógica e paixão.



2 Cuidados e recomendações



Durante o processo de elaboração de projetos, correm-se dois grandes riscos: o da onipotência e o da impotência.
Um grupo pode sentir-se onipotente quando se considera com possibilidade de transformar, sozinho, os problemas sociais existentes em um bairro ou cidade. É o perigo do voluntarismo.
Seu oposto é a impotência. Sabendo ser difícil ou mesmo impossível resolver, isoladamente, os problemas encontrados, o grupo julga não poder fazer nada e desiste de buscar soluções criativas.
Esses dois grandes riscos freqüentemente têm como raiz pelo menos três fatores. O primeiro deles é o diagnóstico superficial sobre o espaço e o contexto nos quais o grupo atua. O segundo reside na análise inconsistente da viabilidade social, política, técnica, financeira, ambiental ou cultural do projeto. O último, a má distribuição de papéis e responsabilidades, de modo a centralizar o poder em uma única pessoa ou a diluí-lo, dificultando a constituição de líderes.
Na prática, existem alguns problemas a ser superados quando se quer estabelecer resultados concretos e custos efetivos em projetos sociais que lidam com processos de melhoria das condições de vida e com a promoção dos direitos humanos. Para superá-los é necessário construir um caminho baseado em resultados ou metas, organizado no tempo planejado, executado e monitorado. Sobretudo, não se deve parar nas boas intenções, mas transformá-las em obras.


3 Sugestões para elaboração de projetos



Criar um projeto supõe dois importantes momentos:

1º Elaboração: O grupo deve realizar um bom diagnóstico sobre o contexto e a situação problemática que pretende enfrentar e analisar o seu potencial para, em seguida, construir o seu caminho. É preciso que todas as pessoas envolvidas participem diretamente na fase de elaboração, buscando criar uma visão ampla do problema a ser enfrentado e soluções criativas para a sua viabilidade.

2º Redação: Este é um momento de exercício de síntese do processo anterior. Nele, é melhor contar com poucas pessoas do grupo. Tudo o que foi produzido anteriormente será agrupado em um roteiro que demonstre, de modo objetivo, o que será realizado.



Oito passos para elaborar um projeto


1º passo: Definir qual grupo elabora o projeto. Determinado o grupo, se verificará com quantas pessoas será possível contar efetivamente para realizá-lo, ou seja, qual o poder real ou o “tamanho das pernas que o grupo tem”.

2º passo: Montar duas listas paralelas. Uma deve listar os problemas que o grupo pretende superar e outra apontar soluções. É imprescindível que os problemas sejam concretos e observáveis. Eles devem ser formulados com clareza. Por exemplo, na lista dos problemas deve constar: “Poucas alternativas de cultura e lazer para jovens da Vila Nova Cachoeirinha”. Na lista das soluções: “Alternativas de cultura e lazer acessíveis para jovens da Vila Nova Cachoeirinha”.

3º passo: Escolher o problema principal. Dentre todos os listados, o grupo deve saber por onde começar, escolhendo o problema principal a partir de vários critérios. Um deles é o impacto negativo que o problema causa para a comunidade ou escola. Outro critério é a capacidade do grupo para resolver o problema. Neste caso, pode ser que o grupo resolva iniciar o projeto justamente por aquele cuja solução seja mais fácil e rápida.

4º passo: Montar uma árvore com o problema escolhido, suas causas e conseqüências. As causas do problema estão no que o origina e o mantém, ou seja, estão em sua raiz. As conseqüências são os danos provocados. Perceber a diferença entre causas e efeitos ajuda o grupo a não gastar recursos financeiros e a não desperdiçar tempo apenas com as conseqüências.

5º passo: Definir objetivos gerais e específicos.
Os resultados previstos devem conter indicadores, fatores de risco e um plano de ação, como mostram as descrições seguir:

1. Os objetivos específicos
São eles que representam a finalidade do projeto em questão. São degraus para chegar ao topo da escada, ao objetivo geral. Eles indicam o caminho a ser percorrido.

2. Resultados ou metas
São tangíveis e correspondem aos produtos finais de um conjunto de atividades em um certo período. Quantificam as atividades que serão desenvolvidas, bem como sua intensidade. Qualificam o jeito que pelo qual o projeto será realizado, os valores que o grupo quer imprimir. Exemplo: dez atividades (quantificar as atividades) de manejo sustentável (qualificar o tipo de manejo).

3. Indicadores para o monitoramento dos resultados
São os sinais de que o grupo está perseguindo os resultados a que se propôs.

4. Fatores de risco
São obstáculos com os quais o grupo deverá conviver, sejam eles políticos (um grupo poderoso pode estar contra o projeto), culturais (mentalidade de desperdício de recursos, preconceitos etc.) que fogem ao controle do grupo, mas podem dificultar a realização do projeto. Desenhar ações para minimizar esses fatores de risco.

5. Plano de ação
Descreve o que precisa ser feito para se chegar aos resultados pretendidos. Envolve o conjunto de ações, com os respectivos prazos, as pessoas responsáveis e os recursos necessários.

6º passo: Análise de viabilidade do projeto. Antes de colocar um projeto em prática, é preciso verificar se o grupo pode fazer o que propõe. Para isso é importante levar em consideração seis aspectos: a viabilidade econômica, social, política, técnica, ambiental, de gênero e étnico-cultural.

Viabilidade econômica
Considere o custo total do projeto. Verifique se a soma dos recursos de que dispõe mais o que poderá captar cobre os custos do projeto.

Viabilidade social
Analise os atores sociais envolvidos, indivíduos ou organizações que terão seus interesses afetados positiva ou negativamente pelo projeto.

Viabilidade política
Certifique-se de quais são as pessoas, os grupos e as instituições que apóiam o projeto. Se houver obstáculos políticos ou legais, preveja ações para superá-los.

Viabilidade técnica
Explicite as técnicas que serão utilizadas e considere se o grupo dispõe dessas tecnologias.

Viabilidade ambiental
Analise se o projeto agride o meio ambiente.

Viabilidade de gênero, étnica e cultural
Analise se há algum padrão cultural que pode dificultar a realização do projeto, seja ele na relação homem com mulher, relações étnico-raciais ou culturais.

7º passo: Cronograma de trabalho. Planeje uma data de início e término do projeto. Defina os meses em que acontecerão as atividades preparatórias, de execução, atividades de monitoramento e de avaliação.

8º passo: Orçamento detalhado das despesas.
Calcule o custo da equipe de trabalho, a infra-estrutura e o material necessário. É sempre bom reservar recursos para gastos com despesas imprevistas.



Como fazer a redação do projeto



O projeto poderá ser sintetizado em cinco grandes itens:

1) Abertura
Nesta página devem constar o título do projeto (que expressa sua idéia central), o nome e a sigla da instituição proponente, a data e o endereço. E um resumo sobre: objetivo geral, objetivos específicos, resultados previstos, atividades, indicadores, beneficiários e custos.

2) Justificativa
Ressaltará a importância do projeto. Informará os problemas que o projeto resolverá no contexto em que está situado. Relacionará o problema aos âmbitos nacional, estadual e local. Demonstrará como as políticas públicas tratam esse problema. Caracterizará os beneficiários diretos e indiretos e grupos que têm interesses em relação ao projeto.

3) Metodologia e lógica da intervenção
Detalhará o objetivo geral, objetivo específico, resultados esperado, indicadores e o plano de ação. Também inclui a descrição das iniciativas que serão tomadas para monitorar e minimizar os fatores que podem pôr o projeto em risco.

4) Orçamento

5) Anexos
Podem ser considerados textos anexos o diagnóstico, as informações relevantes sobre o contexto em que se realizará o projeto e as informações adicionais sobre os proponentes do projeto.



SAIBA MAIS

Livro
ARMANI, Domingos. Como Elaborar Projetos? Guia para Elaboração e Gestão de Projetos Sociais. Porto Alegre: Tomo Editorial, 2001 (Coleção Amencar)

Internet
“Elaboração participativa de projetos: um guia para jovens”
www.acaoeducativa.org.br
“Onze passos do planejamento estratégico participativo”
www.cdhep.org.br

quarta-feira, 7 de julho de 2010

Parlendas


São rimas infantis, em versos de cinco ou seis sílabas, para divertir, ajudar a memorizar, ou escolher quem fará tal ou qual brinquedo.( dicionário Aurélio)

Parlendas:

-Amanhã é domingo, pé de cachimbo.
O cachimbo é de ouro, bate no touro.
O touro é valente, bate na gente.
A gente é fraco, cai no buraco.
O buraco é fundo, acabou-se o mundo.

-O Papagaio come milho.
periquito leva a fama.
Cantam uns e choram outros
Triste sina de quem ama.

-Um, dois, feijão com arroz,
Três, quatro, feijão no prato,
Cinco, seis, falar inglês,
Sete, oito, comer biscoito,
Nove, dez, comer pastéis.

-Eu sou pequena,
Da perna grossa,
Vestido curto,
Papai não gosta

-Por detrás daquele morro,
Passa boi, passa boiada,
Também passa moreninha,
De cabelo cacheado

-Tropeiro fala de burro,
Vaqueiro fala de boi,
Jovem fala de namorada,
Velho fala que foi.

-Era uma bruxa
À meia-noite
Em um castelo mal-assombrado
com uma faca na mão
Passando manteiga no pão

-A sempre-viva quando nasce,
toma conta do jardim
Eu também quero arranjar
Quem tome conta de mim

-Batatinha quando nasce,
Se esparrama pelo chão,
Mamãezinha quando dorme,
Põe a mão no coração.

-Palminha
Palma, palminha,
Palminha de Guiné
Pra quando papai vié,
Mamãe dá a papinha,
Vovó bate cipó,
Na bundinha do nenê.

- Homem com homem
Mulher com mulher
Faca sem ponta
Galinha sem pé

- Enganei um bobo
Na casca do ovo!

- Vá à …
Já fui e já voltei!
Burro que nem você nunca encontrei

- Zé Capilé!
Tira bicho do pé
Pra tomar com café!

- Aparecida! (ou Cida!)
Come casca de ferida
Amanhecida!

- Cala a boca!
Cala a boca já morrei
Quem manda em você sou eu!
- Coco pelado
Caiu no melado
Quebrou uma perna
Ficou aleijado

- Protestante, pé de pinto
Quando morre vai pros quinto
Católico, pé de véu
Quando morre vai pro céu!

-Uni, duni,tê
Uni, duni, tê,
Salamê, mingüê,
Um sorvete colorê,
O escolhido foi você!

- O cochicho
Quem cochicha,
O rabo espicha,
Come pão
Com lagartixa

- Rei Capitão
Rei, capitão,
Soldado, ladrão.
Moça bonita
Do meu coração

- Fui à feira
Fui à feira comprar uva. Encontrei uma coruja,
Pisei no rabo dela.
Ela me chamou de cara suja

-Os dedos
Dedo mindinho,
Seu vizinho,
Pai de todos,
Fura bolo,
Mata piolho..

- Batatinha quando nasce
se esparrama pelo chão.
Menininha quando dorme
põe a mão no coração.

- Chuva e sol, casamento
de espanhol.
Sol e chuva, casamento
de viúva.

- Meio dia
Meio dia,
Panela no fogo,
Barriga vazia.
Macaco torrado,
Que vem da Bahia,
Fazendo careta,
Pra dona Sofia.

- PAPAGAIO LOURO
Papagaio luoro
Do bico dourado
Leva essa cartinha
Pro meu namorado
Se tiver dormindo
Bate na porta
Se tiver acordado
Deixe o recado.

-O cemitério
No portão do cemitério,
Tério, tério, tério,
Duas almas se encontraram,
Traram, traram, traram.
Uma disse para a outra,
Outra, outra, outra,
Você é uma vagabunda,
Bunda, bunda, bunda,
Mas que falta de respeito,
Peito, peito, peito
Mas que peito cabeludo,
Ludo, ludo, ludo

- Botequim
Fui ao botequim
Tomar café.
Encontrei um cachorrinho
De rabinho em pé.
Sai pra fora, cachorrinho,
Que eu te dou um pontapé!

Andando pelo caminho
Fui andando pelo caminho.
Éramos três,
Comigo quatro.
Subimos os três no morro,
Comigo quatro.
Encontramos três burros,
Comigo quatro.

- Perna de pato
Entrou pela perna do pato,
Saiu pela perna do pinto.
O rei mandou dizer
Que quem quiser
Que conte cinco:
Um, dois, três, quatro, cinco

-Pinto pelado
Pinto pelado
Caiu do telhado,
Perdeu uma perna,
Ficou aleijado

-A mulher morreu
Lá na rua vinte e quatro,
a mulher matou o gato, com a sola do sapato,
o sapato estremeceu a mulher morreu o culpado não fui eu.

-La em cima do piano
tem um copo de veneno
Quem bebeu, morreu
O azar foi seu.

-Agá, agá
A galinha quer botar
Ijê, Ijê
Minha mãe me deu uma surra
fui parar no Tietê
Alô,Alô
O Galo já cantou
Amarelo, amarelo
Fui parar no cemitério
Roxo, roxo,
Fui parar dentro do cocho

-Salada, saladinha
Bem temperadinha
Com sal, pimenta
Um, dois, três.

- Cadê o toucinho que estava aqui?
O Gato comeu
Cadê o gato?
No mato
Cade o mato?
O fogo queimou
Cadê o fogo?
A água apagou
Cadê a água?
O Boi bebeu
Cadê o boi?
Amassando o trigo
Cadê o trigo?
A galinha espalhou
Cadê a galinha?
Botando ovo
Cadê o ovo?
O padre bebeu
Cadê o padre?
Rezando missa
Cadê a missa?
Tá na capela
Cadê a Capela?
Ta aqui.........

-Bão Balalão
Bão, babalão,
Senhor Capitão,
Espada na cinta,
Ginete na mão.
Em terra de mouro
Morreu seu irmão,
Cozido e assado
No seu caldeirão

Ou
Bão-balalão!
Senhor capitão!
Em terras de mouro
Morreu meu irmão,
Cozido e assado
Em um caldeirão;
Eu vi uma velha
Com um prato na mão,

-Corre,Cutia

Corre, Cutia,
Na casa da Tia
Corre Cipó
Na casa da Avó
Lencinho na mão
caiu no chão
Moça bonita
Do meu coraão
Um,dois, três

-Quem é?
É o padeiro
E o que quer?
Dinheiro
Pode entrar
que eu vou buscar
O seu dinheiro
Lá embaixo do travesseiro

-O Macaco foi á feita
Não sabia o que comprar
Comprou uma cadeira
Pra comadre se sentar
A comadre se sentou
A cadeira escorregou
coitada da comadre
foi parar no corredor

-Batalhão
Batalhão, lhão, lhão, quem não entrar é um bobão. Abacaxi, xi, xi quem não sai é um saci. Beterraba, aba, aba, quem errar é uma diaba. Borboleta, leta, leta, quem errar é uma capeta.

- Sapo
Eu vi um sapo, pó na beira do rio, rio, rio não era sapão, pão, pão, nem perereca, cá era o (...João) só de cueca, cá , cá.

-PEDRINHA
Pisei na pedrinha,
A pedrinha rolou
Pisquei pro mocinho,
Mocinho gostou
Contei pra mamãe
Mamãe nem ligou
Contei pro papai,
Chinelo cantou.


Trava-Línguas (veja alguns)


Folclore brasileiro: TRAVA-LÍNGUAS.

Trata-se de uma modalidade de Parlenda.
É uma arrumação de palavras sem acompanhamento de melodia, mas às vezes rimada, obedecendo a um ritmo que a própria metrificação lhe empresta. A finalidade é entreter a criança, ensinando-lhe algo. No interior, aí pela noitinha, naquela hora conhecida como “boca da noite”, as mulheres costumam brincar com seus filhos ensinando-lhes parlendas, brinquedos e trava-línguas. Uma das mais comuns é a elas ensinam aos filhos apontando-lhes os dedinhos da mão – Minguinho, seu vizinho, pai de todos, fura bolo e mata piolho.
Cascudo (Literatura Oral no Brasil , 1984 ) incluiu o trava - língua nos contos acumulativos , seguindo a classificação de Antti Aarne / Stith Thompson , com o que não concorda Almeida ( Manual de coleta folclórica , 1965 ) , dizendo que os trava-línguas muitas vezes não são estórias , mas jogos de palavras difíceis de serem pronunciadas. São antes brincadeiras .
Todos os trava-línguas são propostos por fórmulas tradicionais, como : ''fale bem depressa ''; ''repita três vezes '' ; ''diga correndo '', e similares. O importante no trava-língua é que ele deve ser repetido de cor , várias vezes seguidas e tão depressa quanto possível . Lido, e devagar, perde a graça e a finalidade

Trava-línguas:

O peito do pé do pai do padre Pedro é preto.
A babá boba bebeu o leite do bebê .
O dedo do Dudu é duro
A rua de paralelepípedo é toda paralelepipedada.
Quem a paca cara compra , cara a paca pagará
O Papa papa o papo do pato .
Farofa feita com muita farinha fofa faz uma fofoca feia
Norma nina o nenê da Neuza
A chave do chefe Chaves está no chaveiro .
Sabia que a mãe do sabiá sabia que sabiá sabia assobiar?
Um limão , dois limões , meio limão .
É muito socó para um socó só coçar!
Nunca vi um doce tão doce como este doce de batata-doce!
O padre pouca capa tem, pouca capa compra .
Chega de cheiro de cera suja !
É preto o prato do pato preto
Bagre branco ; branco bagre
Um tigre , dois tigres , três tigres.
Três tristes tigres trigo comiam .

A ARANHA E A JARRA
Debaixo da cama tem uma jarra.
Dentro da jarra tem uma aranha.
Tanto a aranha arranha a jarra,
Como a jarra arranha a aranha.

A LARGATIXA DA TIA

Larga a tia, largatixa!
Lagartixa, larga a tia!
Só no dia em que a sua tia
Chamar a largatixa de lagartixa.

CAJU
O caju do Juca
E a jaca do cajá.
O jacá da Juju
E o caju do Cacá.

LUZIA E OS LUSTRES
Luzia listra os
Lustres listrados.

MALUCA
Tinha tanta tia tantã.
Tinha tanta anta antiga.
Tinha tanta anta que era tia.
Tinha tanta tia que era anta.

MOLENGA
Maria-mole é molenga.
Se não é molenga
não é maria-mole.
É coisa malemolente,
nem mala, nem mola,
nem maria, nem mole.

NÃO CONFUNDA!
Não confunda ornitorrinco
Com otorrinolaringologista,
Ornitorrinco com ornitologista,
Ornitologista com otorrinolaringologista,
Porque ornitorrinco é ornitorrinco,
Ornitologista, é ornitologista,
E otorrinolaringologista é otorrinolaringologista.

O DESENLADRILHADOR
Essa casa está ladrilhada.
Quem a desenladrilhará?
O desenladrilhador que a desenladrilhar,
Bom desenladrilhador será !

O tecelão
Tecelão tece o tecido
Em sete sedas de Sião
Tem sido a seda tecida
Na sorte do tecelão

Atrás da Pia
Atrás da pia tem um prato
Um pinto e um gato
Pinga a pia, apara o prato
Pia o pinto e mia o gato.

Sapo no saco
Olha o sapo dentro do saco
O saco com o sapo dentro
O sapo batendo papo
E o papo soltando vento.

Mafagafos
Um ninho de mafagafa
Com sete mafagafinhos
Quem desmafagaguifá
Bom desmafagaguifador será.

VELHO FÉLIX
Lá vem o velho Félix,
Com um fole velho nas costas,
Tanto fede o velho Félix,
Como o fole do velho Félix fede.

TEMPO
O tempo perguntou ao tempo,
Quanto tempo o tempo tem,
O tempo respondeu ao tempo,
Que não tinha tempo,
De ver quanto tempo,
O tempo tem.

SEU TATÁ
O seu Tatá tá?
Não, o seu Tatá não tá,
Mas a mulher do seu Tatá tá.
E quando a mulher do seu Tatá tá,
É a mesma coisa que o seu Tatá tá,tá?

O Pintor Português
PAULO PEREIRA PINTO PEIXOTO,
POBRE PINTOR PORTUGUÊS,
PINTA PERFEITAMENTE
PORTAS, PAREDES E PIAS,
POR PARCO PREÇO, PATRÃO.

O Rato Roeu
O RATO ROEU A ROUPA DO REI DE ROMA,
O RATO ROEU A ROUPA DO REI DA RÚSSIA,
O RATO ROEU A ROUPA DO RODOVALHO…
O RATO A ROER ROÍA.
E A ROSA RITA RAMALHO
DO RATO A ROER SE RIA.
A RATA ROEU A ROLHA
DA GARRAFA DA RAINHA.

O PINTO PIA
A PIPA PINGA.
PINGA A PIPA,
O PINTO PIA.
PIPA PINGA.
QUANTO MAIS
O PINTO PIA
MAIS A PIPA PINGA.

GATO ESCONDIDO
GATO ESCONDIDO
COM RABO DE FORA
TÁ MAIS ESCONDIDO
QUE RABO ESCONDIDO
COM GATO DE FORA.

O SABIÁ
Sabia que o sabiá
sabia assobiar?

PAPA PAPÃO
Se o papa papasse pão.
Se o papa papasse papa.
Se o papa papasse tudo,
Seria um papa papão.

O RATO
O rato roeu a roupa,
Do rei de Roma.
e a rainha, de raiva,
roeu o resto

Palminha
Palma, palminha,
Palminha de Guiné
Pra quando papai vié,
Mamãe dá a papinha,
Vovó bate cipó,
Na bundinha do nenê.

SABER
Sabendo o que sei e sabendo
O que sabes e o que não sabes
E o que não sabemos, ambos saberemos
Se somos sábios, sabidos
Ou simplesmente saberemos
Se somos sabedores.

Bão Balalão
Bão, babalão,
Senhor Capitão,
Espada na cinta,
Ginete na mão.
Em terra de mouro
Morreu seu irmão,
Cozido e assado
No seu caldeirão

Ou Bão-balalão!(variação)
Senhor capitão!
Em terras de mouro
Morreu meu irmão,
Cozido e assado
Em um caldeirão;

Lanço o laço no salão.
O lenço, lanço. A lança, não.

Tatu tauató, tatuetê taí.
Tem tanto tatu, não tem

O que é o folclore? (veja algumas lendas)

Folclore
A palavra Folclore, segundo o dicionário significa conjunto das tradições, conhecimentos ou crenças populares expressas em provérbios, contos ou canções. ( veja mais no Dicionário Aurélio da Língua Portuguesa, Editora Nova Fronteira)
Folclore é tudo que simboliza os hábitos do povo, que foram conservados através do tempo, como conhecimento passado de geração em geração, por meio de lendas, canções, mitos, hábitos (incluindo comidas e festas) , utensílios, brincadeiras, enfeites.
Para conhecermos a história de um povo, de um país ou de uma região do país é importante que conheçamos a sua cultura, suas tradições, ou seja o seu folclore. O folclore é também uma forma de manifestação cultural dos povos.
No Brasil o folclore recebe influências determinante dos povos que aqui já habitavam como os índios, e os que vieram depois como os negros e os brancos.
Desde 1965 , no Brasil, temos um dia oficial para comemoramos as nossas tradições folclóricas: o dia 22 de agosto é o dia do folclore.
Fazem parte do nosso folclore as canções de ninar que são passadas de pais para filhos, cantigas de roda, brincadeiras, jogos, lendas e mitos, superstições, artes. Além disso, as danças típicas das regiões e as festas típicas como a Festa do Boi (do Boi-bumbá ou Bumba-meu-boi que recebe outros nomes dependendo do estado) as festas juninas, Carnaval, o Maracatu entre outras são todas manifestações do nosso folclore.
Os utensílios usados por nossos antepassados (brancos, negros e índios) para caça, pesca , artesanato e outros, tudo faz parte do folclore.
Folclore é cultura e quem estuda as tradições folclóricas de um povo estuda a sua história. Alguns estudiosos consagrados das tradições folclóricas do nosso país foram: Luís da Câmara Cascudo, Jerusa Pires Ferreira e Veríssimo de Melo.
O autor Monteiro Lobato por meio das suas obras também ajudou a propagar lendas e mitos do Brasil.
O Brasil é um país muito grande, por isso cada região do país tem sua tradição folclórica. Algumas vezes o que muda é o nome de uma determinada festa, lenda ou outra tradição, outras vezes uma festa é mais tradicional em uma região do que em outra, assim como comida, música e danças.
Na Região Sul- Temos as danças típicas conhecidas como congada, chula, entre outras.
Algumas das festas tradicionais desta região são: a festa de Nossa Senhora dos Navegadores; a festa da uva, festa da cerveja, Além das festas juninas e outras que são tradicionais em todo o país.
As lendas mais conhecidas nesta região são: O Negrinho do Pastoreio, O Boitatá, O Curupira, O Saci-pererê, entre outras.
As comidas típicas são o churrasco, o arroz-carreteiro, a feijoada, o chimarrão (bebida feita com erva-mate, tomado em uma cuia)
Na Região Sudeste podemos destacas as danças típicas: fandango, o batuque, a folia de reis, entre outros.
As lendas mais conhecidas são: O Lobisomem, A Mula-sem-cabeça, A Iara. As comidas típicas são tutu de feijão, feijoada, entre outras.
A região Centro-Oeste podemos destacar a congada, a folia de reis nas danças típicas .
A tourada é uma festas bem tradicional.
Entre as lendas a do Lobisomem e do Saci-pererê são das mais conhecidas
Entre as comidas típicas estão os pratos preparados com os peixes dos rios da região.
Na Região Nordeste
Podemos destacar as danças típicas: frevo, o bumba-meu-boi, o maracatu, as cirandas, o baião.
As festas tradicionais são muitas, algumas delas: do Senhor do Bonfim, da Iemanjá, Paixão de Cristo, as romarias como a de Juazeiro do Norte no Ceará, Vaquejada.
Na Região Norte
Temos as festas do Boi- bumbá, as festas indígenas e outras.
O carimbó e a ciranda são algumas das danças típicas da região.
As lendas podemos destacar a da mãe-d’água, O Curupira, da Vitória-régia, do Uirapuru.


O Boitatá

Folclore brasileiro: Boitatá.

O nome boitatá vem da língua indígena e quer dizer cobra de fogo.
Durante o dia o Boitatá não enxerga nada, à noite ele enxerga tudo.
Diz a lenda que certa noite a lua não apareceu, nem as estrelas no céu, a escuridão era total, era um breu. Passado algum tempo, o sol também não surgiu e ficou tudo na escuridão por vários dias. As pessoas que moravam nos vilarejos estavam passando fome e frio. Não havia como cortar lenha para os braseiros que mantinham as pessoas aquecidas, nem como caçar naquela escuridão. Pra piorar tudo, começou a chover sem parar.
A chuva inundou tudo e muitos animais acabaram morrendo.
Uma cobra boiguaçu que dormia num imenso tronco acordou faminta e começou a comer os olhos de animais mortos que brilhavam boiando nas águas.
Alguns dizem que eles brilhavam devido a luz do último dia em que os animais viram o sol. De tanto olhos brilhantes que a cobra comeu, ela ficou toda brilhante como fogo e transparente.
A cobra se transformou num monstro incandescente, o Boitatá. Dizem que o Boitatá assusta as pessoas quando essas viajam na mata à noite. Mas muitos acreditam que o Boitatá protege as matas contra incêndios. De qualquer forma se você encontrar um Boitatá, use óculos escuros ou feche os olhos e fique bem paradinho quase sem respirar.


O Saci Pererê

Folclore brasileiro: Saci-Pererê.

Menino negrinho, levado e arteiro
Só tem uma perna, mas salta de lá pra cá o dia inteiro
A carapuça vermelha o deixa invisível
Adora traquinagens, se acha invencível.

Fuma cachimbo
E tem joelho machucado
Mas não se engane,
Ele não é nenhum coitado.

Ele mora no mato
E dele toma conta
Com os caçadores desavisados
Ele sempre apronta

Ele é bom, mas é bagunceiro
Se diverte com a confusão
Some com objetos
Faz trança nas crinas dos cavalos
E adora bagunçar no fogão

Se o leite queimar, a comida estragar
Pode ser coisa do Saci!

O saci adora assobiar
É o seu jeito de marcar presença
No meio de um rodamoinho de areia
Chega fazendo bagunça


A lenda da Mandioca



Folclore brasileiro: A Lenda da Mandioca.

Segundo essa lenda de origem indígena, há muito tempo numa tribo indígena a filha de um cacique ficou grávida sem nunca sem ainda ser casada.
Ao saber da notícia o cacique ficou furioso e a todo custo quis saber quem era o pai da criança. A jovem índia por sua vez, insistia em dizer que nunca havia namorado ninguém.
O cacique não acreditando na filha rogou aos deuses que punissem a jovem índia. Sua raiva por essa vergonha era tamanha que ele estava disposto a sacrificar sua filha. Porém, numa noite ao dormir o cacique sonhara com um homem que lhe dizia para acreditar na índia e não a punir.
Após os nove meses da gravidez, a jovem índia deu a luz a uma menininha e deu-lhe o nome de Mani. Para espanto da tribo o bebê era branco, muito branco e já nascera sabendo falar e andar.
Passa alguns meses, Mani então, com pouco mais de um ano de repente morreu. Todos estranharam o triste fato, pois não havia ficado doente e nenhuma coisa diferente havia acontecido. A menina simplesmente deitou fechou os olhos e morreu.
Toda a tribo ficou muito triste.
Mani foi enterrada dentro da própria oca onde sempre morou. Todos os dias sua mãe, a jovem índia regava o local da sepultura de Mani, como era tradição do seu povo.
Após algum tempo, algo estranho aconteceu. No local onde Mani foi enterrada começou a brotar uma planta desconhecida. Todos ficaram admirados com o acontecido . Resolveram, pois, desenterrar Mani, para enterrá-la em outro lugar.
Para surpresa da tribo, o corpo da pequena índia não foi encontrado, encontraram somente as grossas raízes da planta desconhecida. A raiz era marrom, por fora, e branquinha por dentro. Após cozinharem e provarem a raiz, entenderam que se tratava de um presente do Deus Tupã. A raiz de Mani veio para saciar a fome da tribo. Os índios deram o nome da raiz de Mani e como nasceu dentro de uma oca ficou Manioca, que hoje conhecemos como mandioca.


Vitória Régia


Folclore brasileiro: Vitória Régia.

Numa noite linda uma jovem índia se encantou com o brilho da lua que refletia no lago. De tão fascinada que ficou com aquela luz mágica, atirou-se nas águas e desapareceu para sempre.
A lua se comoveu com a admiração da índia e a transformou numa linda flor, a Vitória Régia, que flutua nas superfícies das águas de alguns rios da Amazônia. Essa é uma flor noturna, abre ao entardecer e se fecha com o raiar do sol.


Mula sem cabeça


Folclore brasileiro: A Mula-sem-Cabeça.

Dizem que é uma mulher que namorou um padre e foi amaldiçoada. Daí por diante, toda madrugada de quinta para sexta-feira ela se transforma em Mula-sem-cabeça.
Ela percorre sete povoados e quem ela encontrar pelo caminho ela ataca, come seus olhos, unhas e dedos.
Quem já a viu costuma dizer que apesar do nome ela tem cabeça sim, mas como lança fogo pelo nariz e pela boca, sua cabeça fica toda coberta por fumaça.
Nas noites em que ela aparece é possível se escutar seus relinchos e seu galope, parece um cavalo enfurecido.
Ao encontrar a mula deve-se deitar no chão, esconder unhas e dentes para não ser atacado.
Se alguém corajoso conseguir arrancar os freios da sua boca a maldição é quebrada para sempre e ela vira mulher novamente.