CANTINHO DA TIA NEL

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quarta-feira, 7 de julho de 2010

O que é o folclore? (veja algumas lendas)

Folclore
A palavra Folclore, segundo o dicionário significa conjunto das tradições, conhecimentos ou crenças populares expressas em provérbios, contos ou canções. ( veja mais no Dicionário Aurélio da Língua Portuguesa, Editora Nova Fronteira)
Folclore é tudo que simboliza os hábitos do povo, que foram conservados através do tempo, como conhecimento passado de geração em geração, por meio de lendas, canções, mitos, hábitos (incluindo comidas e festas) , utensílios, brincadeiras, enfeites.
Para conhecermos a história de um povo, de um país ou de uma região do país é importante que conheçamos a sua cultura, suas tradições, ou seja o seu folclore. O folclore é também uma forma de manifestação cultural dos povos.
No Brasil o folclore recebe influências determinante dos povos que aqui já habitavam como os índios, e os que vieram depois como os negros e os brancos.
Desde 1965 , no Brasil, temos um dia oficial para comemoramos as nossas tradições folclóricas: o dia 22 de agosto é o dia do folclore.
Fazem parte do nosso folclore as canções de ninar que são passadas de pais para filhos, cantigas de roda, brincadeiras, jogos, lendas e mitos, superstições, artes. Além disso, as danças típicas das regiões e as festas típicas como a Festa do Boi (do Boi-bumbá ou Bumba-meu-boi que recebe outros nomes dependendo do estado) as festas juninas, Carnaval, o Maracatu entre outras são todas manifestações do nosso folclore.
Os utensílios usados por nossos antepassados (brancos, negros e índios) para caça, pesca , artesanato e outros, tudo faz parte do folclore.
Folclore é cultura e quem estuda as tradições folclóricas de um povo estuda a sua história. Alguns estudiosos consagrados das tradições folclóricas do nosso país foram: Luís da Câmara Cascudo, Jerusa Pires Ferreira e Veríssimo de Melo.
O autor Monteiro Lobato por meio das suas obras também ajudou a propagar lendas e mitos do Brasil.
O Brasil é um país muito grande, por isso cada região do país tem sua tradição folclórica. Algumas vezes o que muda é o nome de uma determinada festa, lenda ou outra tradição, outras vezes uma festa é mais tradicional em uma região do que em outra, assim como comida, música e danças.
Na Região Sul- Temos as danças típicas conhecidas como congada, chula, entre outras.
Algumas das festas tradicionais desta região são: a festa de Nossa Senhora dos Navegadores; a festa da uva, festa da cerveja, Além das festas juninas e outras que são tradicionais em todo o país.
As lendas mais conhecidas nesta região são: O Negrinho do Pastoreio, O Boitatá, O Curupira, O Saci-pererê, entre outras.
As comidas típicas são o churrasco, o arroz-carreteiro, a feijoada, o chimarrão (bebida feita com erva-mate, tomado em uma cuia)
Na Região Sudeste podemos destacas as danças típicas: fandango, o batuque, a folia de reis, entre outros.
As lendas mais conhecidas são: O Lobisomem, A Mula-sem-cabeça, A Iara. As comidas típicas são tutu de feijão, feijoada, entre outras.
A região Centro-Oeste podemos destacar a congada, a folia de reis nas danças típicas .
A tourada é uma festas bem tradicional.
Entre as lendas a do Lobisomem e do Saci-pererê são das mais conhecidas
Entre as comidas típicas estão os pratos preparados com os peixes dos rios da região.
Na Região Nordeste
Podemos destacar as danças típicas: frevo, o bumba-meu-boi, o maracatu, as cirandas, o baião.
As festas tradicionais são muitas, algumas delas: do Senhor do Bonfim, da Iemanjá, Paixão de Cristo, as romarias como a de Juazeiro do Norte no Ceará, Vaquejada.
Na Região Norte
Temos as festas do Boi- bumbá, as festas indígenas e outras.
O carimbó e a ciranda são algumas das danças típicas da região.
As lendas podemos destacar a da mãe-d’água, O Curupira, da Vitória-régia, do Uirapuru.


O Boitatá

Folclore brasileiro: Boitatá.

O nome boitatá vem da língua indígena e quer dizer cobra de fogo.
Durante o dia o Boitatá não enxerga nada, à noite ele enxerga tudo.
Diz a lenda que certa noite a lua não apareceu, nem as estrelas no céu, a escuridão era total, era um breu. Passado algum tempo, o sol também não surgiu e ficou tudo na escuridão por vários dias. As pessoas que moravam nos vilarejos estavam passando fome e frio. Não havia como cortar lenha para os braseiros que mantinham as pessoas aquecidas, nem como caçar naquela escuridão. Pra piorar tudo, começou a chover sem parar.
A chuva inundou tudo e muitos animais acabaram morrendo.
Uma cobra boiguaçu que dormia num imenso tronco acordou faminta e começou a comer os olhos de animais mortos que brilhavam boiando nas águas.
Alguns dizem que eles brilhavam devido a luz do último dia em que os animais viram o sol. De tanto olhos brilhantes que a cobra comeu, ela ficou toda brilhante como fogo e transparente.
A cobra se transformou num monstro incandescente, o Boitatá. Dizem que o Boitatá assusta as pessoas quando essas viajam na mata à noite. Mas muitos acreditam que o Boitatá protege as matas contra incêndios. De qualquer forma se você encontrar um Boitatá, use óculos escuros ou feche os olhos e fique bem paradinho quase sem respirar.


O Saci Pererê

Folclore brasileiro: Saci-Pererê.

Menino negrinho, levado e arteiro
Só tem uma perna, mas salta de lá pra cá o dia inteiro
A carapuça vermelha o deixa invisível
Adora traquinagens, se acha invencível.

Fuma cachimbo
E tem joelho machucado
Mas não se engane,
Ele não é nenhum coitado.

Ele mora no mato
E dele toma conta
Com os caçadores desavisados
Ele sempre apronta

Ele é bom, mas é bagunceiro
Se diverte com a confusão
Some com objetos
Faz trança nas crinas dos cavalos
E adora bagunçar no fogão

Se o leite queimar, a comida estragar
Pode ser coisa do Saci!

O saci adora assobiar
É o seu jeito de marcar presença
No meio de um rodamoinho de areia
Chega fazendo bagunça


A lenda da Mandioca



Folclore brasileiro: A Lenda da Mandioca.

Segundo essa lenda de origem indígena, há muito tempo numa tribo indígena a filha de um cacique ficou grávida sem nunca sem ainda ser casada.
Ao saber da notícia o cacique ficou furioso e a todo custo quis saber quem era o pai da criança. A jovem índia por sua vez, insistia em dizer que nunca havia namorado ninguém.
O cacique não acreditando na filha rogou aos deuses que punissem a jovem índia. Sua raiva por essa vergonha era tamanha que ele estava disposto a sacrificar sua filha. Porém, numa noite ao dormir o cacique sonhara com um homem que lhe dizia para acreditar na índia e não a punir.
Após os nove meses da gravidez, a jovem índia deu a luz a uma menininha e deu-lhe o nome de Mani. Para espanto da tribo o bebê era branco, muito branco e já nascera sabendo falar e andar.
Passa alguns meses, Mani então, com pouco mais de um ano de repente morreu. Todos estranharam o triste fato, pois não havia ficado doente e nenhuma coisa diferente havia acontecido. A menina simplesmente deitou fechou os olhos e morreu.
Toda a tribo ficou muito triste.
Mani foi enterrada dentro da própria oca onde sempre morou. Todos os dias sua mãe, a jovem índia regava o local da sepultura de Mani, como era tradição do seu povo.
Após algum tempo, algo estranho aconteceu. No local onde Mani foi enterrada começou a brotar uma planta desconhecida. Todos ficaram admirados com o acontecido . Resolveram, pois, desenterrar Mani, para enterrá-la em outro lugar.
Para surpresa da tribo, o corpo da pequena índia não foi encontrado, encontraram somente as grossas raízes da planta desconhecida. A raiz era marrom, por fora, e branquinha por dentro. Após cozinharem e provarem a raiz, entenderam que se tratava de um presente do Deus Tupã. A raiz de Mani veio para saciar a fome da tribo. Os índios deram o nome da raiz de Mani e como nasceu dentro de uma oca ficou Manioca, que hoje conhecemos como mandioca.


Vitória Régia


Folclore brasileiro: Vitória Régia.

Numa noite linda uma jovem índia se encantou com o brilho da lua que refletia no lago. De tão fascinada que ficou com aquela luz mágica, atirou-se nas águas e desapareceu para sempre.
A lua se comoveu com a admiração da índia e a transformou numa linda flor, a Vitória Régia, que flutua nas superfícies das águas de alguns rios da Amazônia. Essa é uma flor noturna, abre ao entardecer e se fecha com o raiar do sol.


Mula sem cabeça


Folclore brasileiro: A Mula-sem-Cabeça.

Dizem que é uma mulher que namorou um padre e foi amaldiçoada. Daí por diante, toda madrugada de quinta para sexta-feira ela se transforma em Mula-sem-cabeça.
Ela percorre sete povoados e quem ela encontrar pelo caminho ela ataca, come seus olhos, unhas e dedos.
Quem já a viu costuma dizer que apesar do nome ela tem cabeça sim, mas como lança fogo pelo nariz e pela boca, sua cabeça fica toda coberta por fumaça.
Nas noites em que ela aparece é possível se escutar seus relinchos e seu galope, parece um cavalo enfurecido.
Ao encontrar a mula deve-se deitar no chão, esconder unhas e dentes para não ser atacado.
Se alguém corajoso conseguir arrancar os freios da sua boca a maldição é quebrada para sempre e ela vira mulher novamente.


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